sábado, 30 de março de 2013

Ítaca

Se você acredita em seu caminho, o caminho também acredita em você
Com o universo conspirando a favor, qualquer tempestade, ou dificuldades no caminho 
Não te afligiram pois todos os caminhos te levarão à sua Ítaca

sexta-feira, 29 de março de 2013

Mistérios

Me leve a um lugar longe desse caos
E proteja-me dos meus desejos
Teus mistérios não me impressionam
Pois eu posso enxergar através...

Simbiose


Acorde dessa ilusão saia da embriaguez
Seus olhos estão abertos, mas não enxergam
Além do labirinto que eles criaram
E dessa estrada já ditada, fuja de vez
Você é meu muro, meu tormento
Simbiótica e rizomatica (eu lamento)
Falida e podre, ainda minha salvação
Ou será outra ilusão?

Espiral


Andando pelas ruas, em esquinas
Pelos becos e vielas, entre a neblina
Poesias curtas sem sentido
Apenas oque você lhe entregar
Um pássaro no ar...

Sorrindo a fantasia em ilusão
Pela sanidade em uma mão
 Melodia imperfeita
Apenas qual você quer ouvir
Um pássaro partir...

Estamos caindo em espiral
O que importa é quem esta segurando a sua mão
Nessa queda com rota de colisão





O Canivete



Tirem-me da frente todas as teorias
Toda citação e todo refrão
E os conceitos de hoje em dia
Tirem-me da frente a arte e sua beleza
Todo caos e serenidade
A melancolia e a minha tristeza
Arranca-me esse mal de existir
Parasitas e vermes
Desse banquete que sou prestes a servir
Sou tempestade
Sou ninguém
Deixo e parto sem deixar de ser
Torno-me a palavra rude que te falei
Sem mais nem por que
Deixo e parto sem deixar de estar
O verso que lambe essas feridas
Que o tempo tenta cicatrizar
Sinto ainda o seu canivete
Que dorme entre as minhas costelas
Sangrando esse poema 

Aquele dia de novembro


Ainda lembro-me daquela canção que eu fiz
Que você já se esqueceu
Da rosa que te dei
E do livro que te emprestei

Agora só restou essa memoria
Que como barco se distancia
Da margem o vejo desaparecer
E nada posso fazer

Você pode até achar bobagem
Já não me importa
Pois já não há nada pra dizer
E isso é mais sobre mim do que de você

Mas nunca vou apagar
Aquele dia de novembro
Entre a garoa te vi
Nos teus olhos me encontrei e pra sempre me perdi



Celebração


Por toda nossa ignorância e nossa falta de sentido
Por amores mal vividos e feridas mal curadas
Pela hipocrisia e pelo egoísmo
Sinceramente te digo: obrigado por nada
Por uma hora de bem estar por uma década de sofrer
Por ser alvo à espera da flechada
Pela tristeza e pela angustia
Honestamente te digo: obrigado por nada
Pela morte certa e a incerteza de viver
Pelas respostas nunca citadas
Pelo ódio e a raiva
Sinceramente te digo: obrigado por nada
Por ter voz, mas não ser ouvido
Por esse sangue e pela alma marcada
Pelas humilhações e injurias
Honestamente te digo: obrigado por nada
Esta é a minha celebração
Pelos desencontros e desventuras
Sendo apenas mais uma criatura
Cantando uma canção

Um copo de café


Atravesso a noite 
Por entre pensamentos e lembranças
E amanheço no desassossego
Depois do café tudo melhora
E ao final do dia eles voltam
Para acompanhar a travessia
Depois vão embora

domingo, 24 de março de 2013

O segredo

Hoje já não tenho horas 
Minhas preocupações não existem
A matéria ficou para trás
Isso já não importa mais 
Nego o caos que se mantem 
E assim eu já não sou
E desse modo sou feliz como ninguém

Cicatriz



Exílio de Si

Envolto em tempestade 
Vejo me sem direção 
Não tenho nome nem idade
Já não sei se é sim ou não

Expulso de meu próprio ser 

Sangrei a minha solidão 
Andei até esmorecer 
e de cansaço caí no chão

No exílio de si

Me achei e me perdi

Distante do meu ser fiquei 

E desespero eu sorri
Dizendo adeus por fim
Exilado de mim

A vida é um quebra-cabeça que sempre falta uma peça



Escadaria

     Para cima
        À cada passo
         Rapidamente 
           O tempo passa
            De cabeça pra baixo
           O tempo passa
         Rapidamente
        À cada passo
     Pra cima

Estranhos

Hoje não passam de estranhos
Aqueles que estimava
Já não os reconheço 
Nessa verdade provisória 
Mas ainda os estimo 
Só quando visitam minha memória

domingo, 17 de março de 2013

#3

Batalhas perdidas em busca de ser

Acabou sendo o que precisaram 

Aceitou o papel para poder viver

Viveu morrendo como lhe mandaram

Então o velho observando o mar

Chora pela vida que ele perdeu

Passou tão rápido pelo seu olhar

Quando percebi o velho era eu...

Construção

sábado, 16 de março de 2013

Poema em Si menor

"...
A canção acabou assim
De repente dentro de mim
Em si menor
E o que foi pior
No vazio ela soou
E ninguém exceto eu a escutou"