sábado, 17 de outubro de 2020

O Castelo

Meu castelo inalcançável 

Sem lugar para chegar 

Eu era o leão indomável

E o caçador a atirar


Por mais que o grito ecoe 

Não plateia a aplaudir 

O teatro desmorona 

E nos escombros meu acorde 


(Pré-refrão)

Eu perco os sentidos e as palavras 

Eu

Sentido

Palavras


(Refrão)

Vórtice, colibri, mosaicos e fúria 

No silêncio indiferente do universo 

Nós nos inventamos 


A estrela que eu vejo 

Se apagou há muito tempo 

E nessa escuridão 

Uma nova já surgiu


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

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Gostaria que daqui a alguns anos uma pessoa que estivesse lendo um dos meus escritos, cutucasse o amigo ao lado e lesse pausadamente uma frase. Depois de terminada a leitura do trecho, ambos contorcessem os músculos da face como se tivessem levado uma martelada na cabeça.